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O voo da Malaysia Airlines MH37 (KUL/PEK) em Boeing 777 desaparece duas horas após a descolagem

Segundo o presidente da Malaysia Airlines, Jauhari Yahya, na altura do último contacto, o voo MH370 encontrava-se a 120 milhas náuticas (cerca de 225 quilómetros) da localidade de Kota Bharu, na costa Leste da Malásia, e seguia a uma altitude de 35 mil pés. Como notava o especialista em aviação da CNN, Richard Quest, nessa fase (cerca de duas horas após a descolagem), o voo encontrar-se-ia na fase de “cruzeiro”, que é aquela que é considerada mais segura do ponto de vista da ocorrência de imprevistos ou vicissitudes. “Nessa altura do voo não é suposto que alguma coisa possa correr mal”, reparou.
A aeronave, com onze anos de uso, não enfrentou condições climatéricas adversas nem emitiu nenhum sinal de alerta ou pedido de socorro – à semelhança do que aconteceu com o voo da Air France que desapareceu no Atlântico Sul a 1 de Junho de 2009, e cujos destroços só foram encontrados dois dias depois. O piloto, identificado como Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, era um veterano da companhia, onde tinha acumulado mais de 18.3 mil horas de voo desde 1981. A Malaysia Airlines conta com 15 Boeings 777-200 na sua frota: como escreveu a Reuters, a companhia tem um bom registo de segurança, e está a recuperar de dificuldades financeiras . O último acidente fatal da companhia ocorreu em 1995, quando um avião se despenhou próximo da cidade de Tawau, matando 34 pessoas.
Os especialistas ouvidos pela CNN sublinharam que a aeronave em causa é “tão sofisticada quanto possível para um avião comercial”. O capitão na reforma Jim Tilmon assinalou que a rota (de 3700 quilómetros) entre Kuala Lumpur e Pequim é maioritariamente sobre terra, o que significa que muitas antenas, radares e rádios teriam teoricamente a capacidade de interceptar sinais do avião. A antiga inspectora-geral do Departamento de Transportes dos Estados Unidos, Mary Schiavo, disse à mesma estação que “a total ausência de comunicações sugere que algo muito errado ou funesto terá acontecido”.
Um dos fundadores do FlightRadar24, uma aplicação que tem 3000 transmissores em todo o mundo e diariamente segue mais de 120 mil voos, disse que o último registo do voo MH370 foi quando o avião seguia a 35 mil pés, 40 minutos depois de levantar do aeroporto de Kuala Lumpur. “O sinal estava bom e estável e de um momento para o outro simplesmente desapareceu”, disse Mikael Robertsson. “O que quer que tenha acontecido, foi qualquer coisa súbita e repentina.”

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