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Reino Unido – Carga aérea deve tomar as rédeas do desenvolvimento comercial no pós-Brexit

«O executivo-chefe da Cargo Logic Air, David Kerr, requisitou à liderança governativa do Reino Unido que defina a sua política de aviação pós-Brexit de uma forma clara e que, dessa feita, coloque as necessidades do transporte de carga aérea na linha de frente

do rescaldo que separará o Reino Unido da União Europeia.
Discursando no evento Farnborough International Airshow, que a Revista Cargo tem acompanhado detalhadamente, Kerr afirmou ser «vital» para o Reino Unido que as cargas sejam encaradas de forma prioritária no pós-cisão, de modo a garantir uma integridade comercial e logística internacional.
«Nós destacámos isso na reunião com a ministra da aviação Elizabeth Sugg, no passado mês de Março e reiteramos a mensagem essa semana, quando nos reunimos com o Secretário de Estado para os Transportes, Jesse Norman», disse David Kerr, citado pela imprensa internacional.
«Juntamente com colegas do sector como a Airlines UK, estamos a participar em grupos de trabalho ligados ao transporte de cargas (no frete aéreo), com o apoio do Departamento de Transporte e com suporte de pesquisas sobre o valor da carga aérea e o seu peso na vertente comercial entre o Reino Unido e os seus parceiros.
Para Kerr, as negociações não devem, simplesmente, versar sobre acordos de serviços aéreos e sobre a supervisão regulatória, mas também sobre o vasto comércio e suas interligações, as fronteiras e a criação de condições para manter o lugar de destaque do Reino Unido na economia global.
Tudo no sentido de evitar «planos de contingência dispendiosos». «Apoiamos a política de aviação do governo, mas até que o resultado final das negociações esteja completo, todas as empresas manterão todas as opções na mesa», alertou David Kerr, mostrando um cartão amarelo ao Executivo.

Aeroportos devem apostar mais no segmento da carga aérea
Kerr deixou ainda um apelo: que os aeroportos façam, no futuro, um esforço maior no sentido de apoiar as operações de carga, mostrando-se chocado pelo facto de muitos aeroportos britânicos ainda encararem com «baixa prioridade» o frete aéreo. «Os planos de expansão dos aeroportos estão no topo da agenda e a carga precisa de uma parcela dessa voz», atirou.
«Precisamos de acesso a slots viáveis ​​- e continuaremos a desafiar a flexibilidade em torno das horas de operação nos aeroportos», finalizou, não sem antes proferir uma frase lapidar de esperança no potencial da carga aérea: «O Reino Unido tem o potencial para se tornar uma economia global ainda mais voltada para o exterior: a carga aérea será o motor desse sucesso».»

artigo publicado na revista “Cargo News”
(24 Julho 2018)

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