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A Emirates aumenta voos em Lisboa (LIS) e prepara regresso ao Porto (OPO)

«A Emirates celebra 10 anos de operação em Portugal e vai aumentar a oferta para Lisboa (LIS) com mais 14 mil lugares por mês. Regresso ao Porto está programado para 2024. A Emirates está a afinar a estratégia de crescimento em Portugal, quando celebra uma década a voar entre o Dubai (DXB) e Lisboa. A companhia vai aumentar os voos de e para Lisboa no próximo dia 1 de agosto, o número de frequências semanais entre as duas cidades sobe para 11, ou seja, mais quatro voos face à atual oferta de sete, num incremento de 14 mil lugares mensais. No total, a transportadora disponibilizará 35 mil lugares todos os meses nesta rota. O objetivo é atingir os dois voos diários até ao final do ano, com 14 frequências semanais e encerrar o ano com 200 mil passageiros transportados, metade de 2019. A 9 de julho de 2012, os cerca de oito mil quilómetros que separam o Dubai e Lisboa ficaram a apenas sete horas e meia de distância. O aeroporto Humberto Delgado recebeu o primeiro avião da companhia, numa aposta que, inicialmente, foi feita de pé atrás. “Havia o receio de poder não correr bem, Portugal é um país pequeno. Começámos com um voo diário para Lisboa e questionámos se não era demasiado. E a verdade é que, passados 10 anos, foi um crescimento muito positivo”, relembra o diretor-geral da Emirates em Portugal, David Quito. Na última década, a Emirates SkyCargo transportou mais de 90 mil toneladas de e para o país, incluindo as principais mercadorias de vestuário de moda, calçado, eletrónica, bem como cargas sensíveis ao tempo e de alto valor, como produtos farmacêuticos. A operação da empresa teve ainda um impacto de 51 milhões de euros na economia nacional em 2019. Nesse ano, antes de a pandemia colocar travão na operação no país, a transportadora somava 18 ligações diárias a partir de Lisboa e do Porto. Em março de 2020, a atividade foi interrompida e a Emirates ficou proibida de voar em Portugal, por não ser uma companhia da União Europeia. Cinco meses depois, os aviões tiveram luz verde para voltar a aterrar em solo nacional e os voos têm sido repostos gradualmente. A elevada procura depois do alívio das restrições justifica uma aposta mais musculada já este ano mas, ainda assim, há nuvens no horizonte. “Apesar de haver procura não estamos ainda aos níveis de 2019 e temos de ir passo a passo. Temos de ter algum cuidado e respeito pelos passageiros. Preferimos fazer as coisas com tempo e de forma sustentável para não andar a pôr e a tirar voos, o que acaba por não ser bom para ninguém”, explica David Quito.
A estratégia de retoma cautelosa é também o motivo pelo qual a companhia do Dubai ainda não voltou a voar de e para a Invicta, onde tinha quatro frequências semanais antes da pandemia. “O Porto não está esquecido para a Emirates, foi um lançamento feito com muito carinho e correu bastante bem. Foi pena depois termos tido aquele travão da pandemia e a rota não chegou a completar o seu primeiro aniversário”, refere o responsável para o mercado português que acredita que a rota seja reposta em 2024.
“Voltar ao Porto é algo que está nos nossos planos. O nosso horizonte alterou, temos de olhar cada vez mais a curto prazo, tendo em conta estas dinâmicas todas das restrições dos países. Há uma restrição que ainda se regista e que nos impacta, que é a China. A China ainda não abriu, o Japão está gradualmente a abrir e estes países eram grandes dinamizadores de passageiros para Portugal”, explica. Ainda assim, David Quito assume que o regresso ao Norte do país pode ser antecipado já no próximo ano, à boleia da Jornada Mundial da Juventude, caso a procure justifique. Atualmente, por cá, a procura de mercados como o Médio Oriente, Austrália, Coreia do Sul, Tailândia e Índia tem dado gás à operação. A localização geográfica de Portugal assume-se também como uma mais-valia no contexto do conflito armado na Ucrânia, desviando os turistas para uma zona segura. Do lado oposto, o Dubai é, cada vez mais, um destino de eleição dos portugueses nos segmentos de lazer e negócios. “Antigamente, o Dubai era conhecido como um destino de stopover. As pessoas viajavam para Ásia ou para o Oceano Índico e acabavam por conhecer o Dubai”, contextualiza o gestor. O cenário tem vindo a mudar e o facto de a cidade dos EAU ter sido uma das primeiras a abrir portas na pandemia ajudou a fidelizar a confiança do mercado nacional. A Expo Dubai foi outro dos marcos que estreitou ligações entre os dois países. “Hoje, o Dubai é um destino de eleição, com praia, bom tempo, bons hotéis e ideal para as famílias. No início havia a ideia de que o Dubai era um destino que não tinha interesse cultural, mas está também a desenvolver bastante esta parte, como é exemplo a recente abertura do museu do futuro”, atesta.»

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