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Ground Handling, América do Sul

Brasil – O CRES Certificado de Regularidade em Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo é uma realidade

Estamos muito contentes com os passos dados até aqui. O Certificado de Regularidade em Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo – CRES é uma realidade, já se tornou conhecido além das fronteiras do país. Foi levado pela ANAC sob a forma de um working paper, apresentado durante a
assembleia anual da ICAO, no Canadá, e também foi apresentado por mim e Daniel Britto, da Praxian, empresa executora da certificação, em Buenos Aires, em um evento promovido pela ALTA (Associação Latino-Americana do Transporte Aéreo). Certamente o passo crucial virá naturalmente: operadores aéreos devem priorizar a empresa certificada, antes de contratar.
Desde que começamos a buscar uma forma de separar o joio do trigo no segmento de ground handling, o principal objetivo sempre foi evitar a
precarização dos serviços aeronáuticos em solo. Sabemos que a pressão por redução de custos é muito grande nas operações aéreas, e em todos os
negócios de maneira geral, mas não se pode fechar os olhos para a qualidade e para o grau de especialização exigido de uma empresa de serviços
auxiliares do transporte aéreo. Elas trabalham com segurança operacional  e jurídica, atuam no chamado lado ar do aeroporto e para isso precisam de
certificações especiais e profissionais treinados para isso. Relembro que o baixo custo na obtenção do CRES sempre foi um dos princípios do projeto.
Sempre usei um exemplo simples, uma empresa de limpeza pode estar preparada para atuar em qualquer lugar, shopping, universidade, condomínios, mas não está necessariamente pronta para prestar serviços de limpeza de uma aeronave. São coisas distintas. Por isso, o desafio da Abesata para os próximos meses é mostrar ao mercado tomador de serviços em solo, incluem-se aí aeroportos e companhias aéreas, em especial as estrangeiras que usam apenas serviços especializados de empresas auxiliares para operarem no Brasil, a importância de usar uma ferramenta que  ajuda a verificar o grau de confiabilidade técnica da empresa, a saúde financeira e o grau de risco que aquela empresa pode trazer para o negócio, em caso de falência. Isso porque já vimos inúmeros casos de empresas de handling que fecharam as portas e deixaram o passivo recair sobre as companhias aéreas ou os aeroportos. Dito isso, a proposta é um convite, na verdade, aos responsáveis pela contratação de serviços em solo, tantos nos aeroportos, quanto nas companhias aéreas, para que conheçam o CRES, estudem os critérios estabelecidos para a concessão do selo, a renovação a cada ano, que garante atualização dos dados, e, por consequência, a garantia que recorrer a uma empresa certificada pode trazer para o negócio e acima de tudo, pela ampla divulgação do projeto e portas abertas para qualquer ESATA, fiquem cautelosos com as empresas que fogem do CRES! Não podem haver elos fracos, não pode haver empresas despreparadas ou não habilitadas em atuação, pois todos perdemos, empresas, trabalhadores, passageiros e a indústria.
Fonte: Revista em Solo da Abesata

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