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Ground Handling – Os aeroportos portugueses receberam 55,3 milhões passageiros em 2018

Os aeroportos portugueses, geridos pela ANA, receberam 55,3 milhões de passageiros em 2018, o que representa uma subida de 6,8% face ao ano anterior.

De acordo com os dados divulgados pelo grupo francês Vinci (que detém a ANA), a subida mais expressiva ocorreu no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que cresceu 10,7% e atingiu os 11,9 milhões de passageiros. O Aeroporto Humberto Delgado subiu 8,9% e chegou aos 29 milhões de passageiros – um novo recorde, diz a empresa, que foi atingido “apesar das limitações de espaço” na Portela. O Aeroporto de Lisboa detém um peso de 52% do total de passageiros que transitam nos aeroportos nacionais geridos pelo grupo.

Investimento em Lisboa
O Aeroporto Humberto Delgado (AHD), considerado saturado nos actuais moldes, vai ser alvo de vários investimentos nos próximos anos, ao mesmo tempo que se avança com o aeroporto complementar do Montijo. Na sequência do que ficou acordado entre o Governo e a ANA, serão aplicados 650 milhões de euros para a extensão do AHD, e outros 520 milhões irão para o Montijo (a que se somam mais cerca de 160 milhões para acessibilidades e para pagar o necessário redimensionamento da Força Aérea). Ao todo, são esperados mais de 50 milhões de passageiros por ano.
No caso do Montijo o aeroporto deverá estar pronto em 2022, mas falta ainda conhecer o novo estudo de impacto ambiental e respectiva avaliação.

Já em relação ao AHD, uma das prioridades é o encerramento da pista secundária, a 17/35. A estratégia passa por ter mais saídas rápidas, melhoria dos taxiways (acessos à pista) mais ligações aos aviões por manga, mais estacionamentos, e pela ampliação do terminal 1, entre outros aspectos.

Taxas a subir a partir de 5 de Março
Novas taxas reguladas de tráfego e assistência em escala para os aeroportos do Porto e de Faro. No caso do Porto, a subida média é de 1,4%, com a receita absoluta por passageiro a subir 11 cêntimos, enquanto em Faro a subida é de 1,49%, mais 12 cêntimos por passageiro.
No caso do aeroporto de Lisboa, a variação média acabou por se situar nos 1,44%, com o aumento da receita regulada por passageiro a subir 16 cêntimos.
Também as infra-estruturas aeroportuárias da Madeira e dos Açores, que pertencem ao chamado grupo de Lisboa, vão sofrer aumentos a 5 de Março (Beja também faz parte, mas não irá haver qualquer variação). As subidas serão de 0,01% na Madeira e de 1,38% nos Açores.
Para a ANA, as evoluções absolutas propostas para o grupo de Lisboa “não constituem qualquer variação tarifária excessiva”, situando-se abaixo do cálculo da taxa de inflação aplicada no modelo de regulação (que dá 1,8%), e “não comprometem a actividade” destes aeroportos “nem a respectiva competitividade tarifária”.

Luís Villalobos, adaptação do texto publicado na página de internet “Público
(11 Janeiro 2019)

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