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Ground Handling, Europa

Groundforce / Urbanos volta aos lucros

«Após uma inversão histórica do ciclo de prejuízos, a Urbanos prepara-se para fazer uma proposta de compra pela Groundforce, operadora de handling cujo capital divide com a TAP. O grupo de logística, fundado por Alfredo Casimiro, quer 100% do capital da empresa para apostar na internacionalização. “Precisamos de ter a companhia disponível para a fazer crescer noutros mercados”, diz o empresário.
No acordo celebrado entre a Urbanos e a TAP em 2012, que só se tornou oficial um ano depois, após uma longa espera por autorização do Ministério das Finanças, ficou estabelecido que o grupo de logística teria direito a comprar os 49,9% detidos pela transportadora aérea. Caso não quisesse avançar, teria de abdicar da participação maioritária que controla. A decisão é avançar para a aquisição de 100% da Groundforce, avançou Alfredo Casimiro ao PÚBLICO.
“Estamos disponíveis para adquirir a participação da TAP”, referiu, acrescentando que “o objectivo é iniciar um processo de internacionalização”, estando já em desenvolvimento projectos em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Marrocos e Emirados Árabes Unidos. O fundador e presidente da Urbanos adiantou que “também há possibilidades em aberto no Brasil”.
A proposta de compra ainda não foi formalmente apresentada, até porque o prazo para tomar a decisão termina em meados de 2014 e poderá ser prorrogado pelo facto de o concurso para atribuição de licenças de handling ter sido suspenso. A Groundforce é uma das candidatas à assistência em terra nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, podendo, neste último caso e se sair vencedora, regressar a uma região onde deixou de ter operação em 2010.
“Estamos disponíveis para avançar mesmo sem saber os resultados do concurso” que está a ser gerido pelo Instituto Nacional da Aviação Civil, garantiu Alfredo Casimiro. O importante é que “nos sintamos livres para iniciar a expansão”, frisou. O empresário acredita que é lá fora que a Groundforce conseguirá ter “sustentabilidade em termos de crescimento”, acreditando que, a partir do momento em que os projectos internacionais estiverem em curso, “será possível crescer 10% ao ano”.
A vontade da Urbanos em ficar com 100% da empresa surge num momento de completa inversão de resultados. No ano passado, a Groundforce registou lucros pela primeira vez nos últimos oito anos, período em que “acumulou prejuízos de 168 milhões de euros”, explicou o dono da Urbanos. Os ganhos ultrapassaram os dois milhões de euros e o EBITDA (resultados operacionais antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou 3,7 milhões. “É o melhor resultado de sempre”, sublinhou Alfredo Casimiro.

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