A companhia etíope Ethiopian Airlines passará a fazer concorrência direta à transportadora nacional Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) em Inhambane a partir e 03 de março 2019.
Operadores turísticos mostram-se otimistas com os novos voos e dizem que visitantes terão mais opções para viajarem a preços mais atrativos. O início dos voos da Ethiopian Airlines na província de Inhambane, sul de Moçambique, estava marcado para quarta-feira (27.2), entretanto, fora adiado porque faltava acertar “detalhes” de última hora, segundo informou a Associação de Turismo de Vilankulo.
A Ethiopian Airlines fará a rota Maputo-Vilankulo-Beira e, depois, deverá alargar os voos ligando, por exemplo, Vilankulo a Nampula – informou Rendi Yusuf, da Ethiopian Airlines, no último sábado. “Já estamos em Vilankulo, onde abriremos novas rotas para ligar Moçambique e outros países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)”.
“Primeira fase”
O funcionário da Ethiopian Airlines disse que os voos farão Maputo-Vilankulo-Beira numa primeira fase. “Mas, depois, poderá ligar ao norte saindo de Vilankulo”. Por isso, a empresa está a “intensificar o seu marketing”, acrescentou Yusuf. A DW África também apurou que deverá ser criada uma rota especial Vilankulo-Joanesburgo.
Há muito que a província de Inhambane tem problemas de transporte aéreo. Operadores turísticos reclamam a falta de uma nova companhia que concorra com a LAM, a companhia de bandeira moçambicana. Recentemente, muitos turistas foram forçados a cancelar as suas reservas, devido à falta de transporte.
Para Yassin Amugy, Presidente da Associação de Turismo em Vilankulo, a chegada da Ethiopian Airlines trará mais oportunidades e opções para as pessoas que queiram fazer escala na vila. “Pessoas em Maputo terão oportunidade de vir a Vilankulo e, quem está nesta última localidade, poderá ir a Beira”, disse.
Turismo durante todo o ano
“O objetivo é fazer com que o turismo em Vilankulo deixe de ser apenas sazonal, mas que possa existir durante todo o ano. A presença de mais uma companhia aérea será benéfica, pois trará mais opções a moçambicanos e estrangeiros, e os preços serão reduzidos”, explicou o presidente da referida associação de turismo.
O Governo moçambicano definiu a vila de Vilankulo como zona especial do turismo em 2016. Mas os problemas de transporte continuaram, nomeadamente com a suspensão de alguns voos das LAM, que deixaram muitos passageiros abandonados à sorte. Muitos deles tiveram que cancelar as suas reservas nos hotéis, com transtornos e prejuízos financeiros para ambos os lados.
Fredson Bacar, diretor provincial de Cultura e Turismo em Inhambane, disse à DW África que a entrada de uma nova companhia de aviação faz com que a região tenha mais dinamismo.
“Com a Ethiopian Airlines, cresce a responsabilidade do destino turístico de Vilankulo no que diz respeito à dinamização do turismo. Por outro lado, isso fidelizará a convicção daquelas pessoas que sempre cá têm vindo. Na verdade, o destino turístico em Vilankulo é único, preferível e apetecível”
Luciano da Conceição, adaptação do texto publicado na página de internet “Dw“
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