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Brasil – Aeroportos como plataformas de crescimento económico

Cinco pontos considerados estratégicos

«A concessão dos aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília à iniciativa privada foi um passo importante rumo ao desenvolvimento do sistema aeroportuário brasileiro, mas há ainda muito o que fazer, na opinião da A.T. Kearney.
Um estudo obtido em primeira mão por EXAME.com traz algumas recomendações da consultoria para que os aeroportos cumpram um papel estratégico no desenvolvimento económico do país.
“O debate ficou muito focado na licitação, mas o grande momento é daqui para frente. É preciso enxergar os aeroportos como plataformas de crescimento económico”, opina Tiago Monteiro, diretor da consultoria.
Questões como o esgotamento na capacidade para atender o aumento no número de passageiros e os atrasos e cancelamentos de voo devem ser debatidas, mas o planeamento estratégico das concessionárias deve ir além, na avaliação da consultoria.
Veja quais são os pontos considerados estratégicos pelo estudo para que os aeroportos brasileiros realmente descolem:

 1. Definir o modelo de negócio
Cada aeroporto deve ter um modelo de negócios diferente, dependendo de fatores como localização geográfica, proximidade a centros urbanos, atratividade turística, complementaridade e concorrência com outras opções de transporte locais, entre outros. Compreender e definir a vocação ideal do aeroporto é um ponto crítico, segundo o estudo. “O potencial comercial de Brasília não é o mesmo do Rio ou de São Paulo”, diz Monteiro.
O modelo de negócios deverá ser definido em função das possíveis fontes de receita – parcerias com lojas e outros prestadores de serviços devem entrar na conta, por exemplo. O foco de atuação – será transporte de passageiros ou carga? é possível atuar como plataforma de apoio à exploração? – também deve entrar na conta e influenciar o perfil dos investimentos – por exemplo, a dimensão e as características dos terminais.

2. Tornar o negócio rentável
Para a consultoria, a diversificação das fontes de receita é um fator determinante para o sucesso dos aeroportos. No Brasil, as receitas não-aeronáuticas – ligadas a lojas, hospedagem, estacionamentos e publicidade – ainda são pouco exploradas, na avaliação da consultoria. “Mesmo os aeroportos mais completos, como o de Guarulhos, ainda deixam muito a dever a aeroportos de padrão internacional”, avalia Monteiro. A A.T. Kearney calcula que há um potencial de crescimento de 22% nestas receitas para todo o sistema aeroportuário brasileiro – que inclui 66 aeroportos.
A otimização na gestão das operações, com ajuste de recursos e melhoria da produtividade, também é um caminho para a rentabilidade, segundo o relatório. “Tendo por base o número de movimentos de aeronaves por pista, o potencial de melhoria pode atingir os 20% na média de todo o sistema”, diz o documento.

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