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Easyjet defende pelo menos dois operadores de `handling` nos aeroportos portugueses

«O diretor ibérico da easyjet, Javier Gándara, considera “uma anomalia” o facto de Portugal não ter pelo menos dois operadores de `handling` (assistência em terra a passageiros e bagagens) independentes em cada aeroporto principal, sublinhando os custos que tal representa.
Em declarações à Lusa, após a divulgação dos resultados da companhia britânica `low cost` [de baixo custo], Javier Gándara afirmou que em Portugal “a questão do ´handling` é a que mais preocupa”, destacando que em mercados mais maduros chegam a existir dois e por vezes mesmo três operadores independentes de `handling` em cada aeroporto principal.
“Hoje em dia já há grandes grupos independentes de `handling` com presença mundial e o que sugeria para Portugal era que existisse essa tendência. Isso não acontece e é uma anomalia que gostava que fosse corrigida”, afirmou.
Como exemplos, o diretor ibérico da `low cost` deu o aeroporto de Faro “onde só existe um agente de `handling`, o que não cumpre com a diretiva europeia”, segundo a qual deve haver no mínimo dois, e “o caso de Lisboa, onde existem dois, mas em que um deles é propriedade do operador aeroportuário [Portway, detida pela ANA] e o outro é propriedade da TAP”.
O responsável explicou que dos custos totais da companhia, em geral, são com taxas aeroportuárias (80%) e `handling` (20%).
Quanto às taxas aeroportuárias, manifestou-se também “muito preocupado” com “o aumento de mais de 4% em Lisboa a partir de junho” e alertou que esse aumento “pode levar à diminuição de tráfego aéreo a médio e longo prazo”.
Para 2013, Javier Gândara estima um crescimento entre 2% e 3% para o mercado português, mas admitiu que “o crescimento pode ser muito mais significativo se as taxas forem mais competitivas”.
O relatório de resultados do primeiro semestre, hoje divulgado, também já sublinha a falta de concorrência no `handling` em Portugal e na Alemanha, afirmando que a situação levou “a custos excessivos” nas contas da empresa.
A companhia de baixo custo sublinha que “o ambiente regulatório continua a ter um impacto significativo na easyJet”, destacando que nos primeiros seis meses do exercício financeiro verificaram-se “mais aumentos desnecessários das taxas” aeroportuárias com impactos em todas as companhias aéreas.

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