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Países lusófonos reclamam maior cooperação para qualificação de recursos humanos aeroportuários

«Macau, China, 09 dez (Lusa) – Os países lusófonos membros do Fórum Macau realçaram hoje, num seminário conjunto com a China, a necessidade de reforçarem a cooperação para a qualificação dos recursos humanos aeroportuários, para que possam responder eficazmente aos avanços tecnológicos.
O director geral do departamento de aeroportos da Autoridade de Aviação Civil da China, Qin Zhanggao, abriu o seminário da 3.ª Conferência de Aeroportos da China e dos Países de Língua Portuguesa, em Macau, admitindo que na “maioria dos aeroportos chineses é necessária uma melhoria da qualidade do serviço”.
A falta de recursos humanos qualificados” é o principal factor do estrangulamento do desenvolvimento da aviação civil, apontou o responsável.
O administrador da NAV-Navegação Aérea, Carlos Beja, realçou que pela “dimensão e dispersão dos países de língua portuguesa, o transporte aéreo é fundamental” para estas regiões, sublinhando ser necessário “acompanhar os avanços tecnológicos com uma formação adequada dos recursos humanos”.
“A qualidade do serviço é fundamental para a preservação da vida humana, porque estamos a lidar com a segurança e tráfego aéreo”, observou, considerando que apenas com um “retrato fiel dos pontos fortes e fracos de cada país a cooperação China-lusofonia poderá ultrapassar as intenções”.
“Portugal é bom no desenho de rotas dada a complexidade do tráfego aéreo na Europa e este é um ponto fraco admitido pela China”, exemplificou Carlos Beja ao manifestar a “total disponibilidade da NAV para aprofundar a cooperação estratégica para a formação de recursos humanos e projectos tecnológicos”.
O presidente do conselho de administração dos Aeroportos de Moçambique, Manuel Veterano, sugeriu que o Fórum Macau se “preocupe, a médio e longo prazo, com a formação de recursos humanos” e chame à cooperação ao nível da aviação as instituições nacionais responsáveis pela promoção do turismo, uma necessidade considerada “premente” por Carlos Beja.
“Investimos na reabilitação do aeroporto de Luanda, mas esquecemo-nos da formação e hoje temos equipamento de ponta e recursos humanos pouco qualificados”, lamentou o director de infraestruturas aeronáuticas do Instituto de Aviação Civil de Angola, Carlos David, apelando aos membros do Fórum Macau para que, em conjunto, sejam encontradas formas de cooperação para suprir esta dificuldade”.
O administrador da Agência da Aviação Civil da Guiné-Bissau observou, por sua vez, que o aeroporto de Bissau, o único internacional do país, “não tem sequer uma máquina de raio-X”, salientando o interesse na “reactivação da cooperação com a ANA” para que a infraestrutura “tenha mais condições e segurança”.
A Companhia do Aeroporto de Macau (CAM) apresentou recentemente uma proposta ao Fórum Macau para que o fundo de 1000 milhões de dólares (730 milhões de euros) anunciado pela China para a cooperação com a lusofonia venha a servir a aviação dos países menos desenvolvidos, designadamente com o patrocínio de um programa de formação aeroportuária.»

artigo publicado na página de internet “Lusa”
(9 Dezembro 2010)

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