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TAP fecha ano com prejuízos de 57,1 milhões de euros

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«A cumprir-se o acordo com a ‘troika’, 2010 ficará para a história como o último ano em que a TAP apresentou o relatório e contas do exercício oito meses depois deste ter terminado. De acordo com o documento agora divulgado – e que, segundo as novas regras, terá de ser conhecido 45 depois do fim do exercício -, a companhia aérea fechou o ano com prejuízos de 57,1 milhões de euros e capitais próprios negativos de 264,8 milhões. Uma situação de falência técnica que já levou Fernando Pinto a dizer repetidas vezes que a empresa precisa de ser capitalizada.
Os capitais próprios da empresa eram, a 31 de Dezembro de 2010, negativos em 264,8 milhões de euros, o que corresponde a um agravamento de 29,4%. Tendo o Estado como accionista único, a empresa está proibida por Bruxelas de receber injecções de capital, mas o anterior Executivo chegou a adiantar que estava em estudo a possibilidade de injectar entre 100 a 200 milhões na empresa, que está na lista de privatizações negociada com a ‘troika’.
A Parpública, principal accionista da TAP, já tinha levantado o véu, em Maio, sobre uma realidade que os resultados do relatório e contas da TAP agora confirma: o prejuízo de 71,8 milhões de euros da empresa de manutenção e engenharia que a TAP controla no Brasil e as perdas de 43,6 da Groundforce, empurraram os resultados do grupo para 57,1 milhões, valor que compara com um prejuízo de 3,5 milhões de euros registado um ano antes.
O transporte aéreo, apesar da evolução da factura com combustíveis, continua a ser o segmento que mais contribui para equilibrar as contas da companhia, com um volume de negócios de 1.986,3 milhões de euros, mais 12,4% do que no ano anterior, e lucros de 62,3 milhões.
Para inverter a tendência de resultados negativos na operação de manutenção e engenharia no Brasil, a TAP explica no relatório que constituiu uma “provisão para a reestruturação do quadro de pessoal, no valor de R$ 5 milhões [2,1 milhões de euros], referente aos custos de indemnizações”. De acordo com o mesmo documento, isto permitirá uma poupança de 7,4 milhões de euros nos custos com pessoal já este ano.
A transportadora confirma ainda que prosseguem as negociações para a venda da Groundforce, um processo que se arrasta desde 2008, e que a empresa iniciou no ano passado “um processo de reestruturação profunda, no sentido de serem repostos os capitais próprios e, assim, restabelecer os rácios de solvabilidade e de autonomia financeira”, numa clara alusão ao encerramento da escala de Faro que levou ao despedimento de cerca de três centenas de pessoas. Fernando Pinto, em entrevista, diz que “o equilíbrio que essa medida traz às contas da empresa só vai ter efeitos em 2011”.»

Hermínia Saraiva , artigo publicado na página de internet “Económico
(9 Agosto 2011)

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