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TAP reforça operação em África com abertura de novas ligações para Gana e Cabo Verde

«Depois do Mali, para onde a TAP vai começar a voar em Junho deste ano, a companhia de aviação nacional prepara-se para abrir duas novas ligações para África: Acra, no Gana, e São Vicente, em Cabo Verde. É a mais recente investida da transportadora aérea no mercado africano, que, no ano passado, representou 16 por cento das receitas, após um crescimento de seis por cento. E uma forma de reforçar a posição num território mais seguro, agora que a concorrência na América Latina aumenta.
Tal como o PÚBLICO noticiou recentemente, a TAP vai inaugurar, em breve, uma nova frequência para o Gana. Iniciadas as consultas aeronáuticas entre aquele país e as autoridades portuguesas, com intervenção do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC), a transportadora aérea, detida a 100 por cento pelo Estado, já começou a recrutar pessoal para a nova ligação a Acra, a capital ganesa.
Apesar de a empresa afirmar que “ainda não há novidades” quanto a este tema, colocou um anúncio de recrutamento para “chefes e supervisores de escala”. Nesse aviso, identifica como escalas novas frequências já anunciadas, como Porto Alegre, Miami e Atenas e também Acra, no Gana, pedindo que as candidaturas sejam enviadas “até 31 de Março”.
Outro destino que estava em estudo e vai concretizar-se é São Vicente, em Cabo Verde. A TAP tinha vindo a adiar a abertura da rota devido a problemas de abastecimento de combustível no aeroporto local, mas este constrangimento foi ultrapassado. A transportadora aérea avançou ao PÚBLICO que o início da operação está “prevista para Julho”, sendo que haverá dois voos semanais para a ilha cabo-verdiana.

Pressão da concorrência
Acra e São Vicente juntam-se, assim, à cidade de Bamako, no Mali, para onde a companhia de aviação vai começar a voar já em Junho, com três voos por semana. Estes reforços surgem numa altura em que o mercado africano vai ganhando cada vez mais peso nas contas da TAP, tendo representado 16 por cento das receitas totais, em 2010, depois de um crescimento de seis por cento, o que significa que gerou perto de 300 milhões de euros em vendas.
Actualmente, a transportadora aérea voa para 11 destinos em África: Casablanca, Marraquexe, Argel, Dakar, Luanda, Maputo, Joanesburgo, Bissau, São Tomé, Praia e Sal. Com o aumento de ligações para o continente africano, é provável que o peso deste mercado no volume de negócios da TAP aumente em 2011.
Esta decisão também está associada ao aumento da concorrência num mercado considerado estratégico para a companhia de aviação nacional: a América Latina e, mais concretamente, o Brasil. Tanto a espanhola Iberia, como a alemã Lufthansa têm estado atentas ao mercado brasileiro, inaugurando rotas que concorrem com as frequências da TAP, nomeadamente para o Rio de Janeiro e São Paulo.
Apesar desta investida, o Brasil continua a ser o principal motor de crescimento das receitas da companhia de aviação nacional, tendo aumentado as vendas 33 por cento em 2010, o que fez com que passasse a representar 35 por cento do volume de negócios total, ou seja, cerca de 645 milhões de euros.
Recorde-se que o processo de privatização da TAP poderá avançar ainda este semestre, o que explica o crescimento da rede, em nome da atractividade da transportadora. Além disso, comprometeu-se, junto do Governo, a aumentar as receitas, como forma de compensar uma redução parcial dos custos, exigida no Orçamento do Estado para 2011.

A aposta em África
A TAP voa para 11 destinos africanos, que vão aumentar para 14, com a entrada no Mali e Gana e reforço em Cabo Verde.
África representou 16 por cento do volume de negócios da TAP em 2010, ou seja, perto de 300 milhões de euros
No ano passado, as receitas da venda de passagens para o mercado africano cresceram seis por cento»

Raquel de Almeida Correia, artigo publicado no jornal “Público”
(22 Março 2011)

 

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