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Brasil – TAP M&E objetivos da empresa para 2011

Nestor Koch, presidente da TAP ME Brasil
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«Depois de atravessar períodos difíceis, cujo ápice foi a quebra da Varig, em 2006, a TAP Manutenção e Engenharia Brasil vive um momento especial. Neste ano, a empresa conseguiu atingir 100% de ocupação em seus hangares do Rio de Janeiro e de Porto Alegre. Hoje, além de atender às companhias aéreas brasileiras, ela recebe aeronaves de vários países do exterior e conta também com as bem-sucedidas parcerias com a Embraer e a Pratt & Whitney Canada.
Por telefone, conversamos com Nestor Koch, presidente da TAP ME, para saber o que a empresa tem feito para crescer em um mercado tão competitivo. Veja como foi:
AVIÃO REVUE – Qual é o principal objetivo da TAP ME para este ano?
KOCH – Nosso alvo, em primeiro lugar, é sempre o cliente. Temos trabalhado com foco nas entregas e nos serviços prestados com qualidade. Atender bem e cada vez melhor, principalmente com o mercado extremamente competitivo. Temos a questão da baixa do dólar, que torna o nosso preço em reais mais caro quando convertido para a moeda americana. Pela nossa participação de mais de 65% de receita internacional, temos que ser competitivos em ambos os mercados, trabalhando cada vez mais e melhor.
AVIÃO REVUE – Recentemente, a TAP completou um ano como centro de serviços da Embraer. Como está a parceria?
KOCH – Está indo bem e tudo está ocorrendo dentro de todas as expectativas. Como esperado, iniciamos com apenas um cliente, a Azul. Na sequência, a Embraer nos contratou para efetuar alguns serviços para os aviões da FAB. Depois, recebemos a Trip, para a prestação de serviços nos Embraer 170 e agora estamos trabalhando também nos 190. Assim, já efetuamos quase 30 checks nesse período. Também estamos tentando negociar com a Air Canada, uma grande operadora de E-Jets.
AVIÃO REVUE – Em média, quantos aviões comerciais passam por mês pela TAP ME para realizar algum tipo de serviço?
KOCH – No Rio de Janeiro, podemos considerar uma média mensal de seis aeronaves e, em Porto Alegre, dez. Somos cada vez mais pressionados pelos clientes de companhias aéreas pelo turn around time, tempo que a aeronave leva para chegar, concluir a manutenção e sair da nossa empresa. Temos de ser muito competitivos, pois, invariavelmente, com toda a otimização de processo logístico de importação, admissão temporária do avião e exportação, perdemos um dia na chegada e outro na saída. A duração dos checks varia entre três e 15 dias. Há outros ainda que levam mais tempo.
AVIÃO REVUE – Hoje TAM e Gol já mantêm os seus próprios centros de manutenção. Até que ponto isso prejudica os negócios da TAP?
KOCH – Eles não nos prejudicam, apesar de serem ótimos centros de manutenção. A TAM foca os serviços para as suas aeronaves, e elas ocupam seus próprios slots. No entanto, ela consegue fazer serviço simultâneo em apenas uma aeronave widebody. Também possuem capacidade para atender produtos Boeing, como o 767, mas não há espaço para realizar determinados serviços. Diante disso, temos agora suporte para a TAM. Todas as companhias brasileiras, sem exceção, são nossas clientes de alguma forma, seja em componentes, estrutura ou em ambos.
AVIÃO REVUE – Até que ponto a crise económica que atravessa Portugal interfere nos negócios da TAP ME por aqui?
KOCH – Estamos trabalhando para minimizar os efeitos. A TAP deverá entrar em processo de privatização, o que entendemos ser uma opção saudável. Buscaremos parcerias que agreguem valor aos negócios. Sabemos que, em breve, esses parceiros irão aparecer. Pelo fato de o governo português estar em transição, não se sabe exatamente se o grupo inteiro será privatizado.»

Amanda Cardoso / Texto de Tiago Dupim, artigo publicado na página de internet “Avião Revue”
(30 Junho 2011)

 

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